domingo, 30 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

7 bilhões. O que fazer agora?

texto original: André Trigueiro

Em pouco mais de 200 anos, a população do planeta foi multiplicada por 7. No início do século XIX, éramos um bilhão. Levamos 123 anos para dobrar esse número. Daí pra frente, especialmente depois da segunda guerra mundial, o ritmo do crescimento acelerou. Em outubro de 2011 chegamos a sete bilhões.Até o final do século, segundo a ONU, a tendência é que a população mundial se estabilize na faixa dos 10 bilhões de pessoas. Mas como alimentar tanta gente, se os estoques de água doce e limpa e de solo fértil, estão diminuindo? Dá para apostar numa nova revolução verde?

Não somos apenas mais numerosos. Também estamos vivendo mais.Na média, quase 70 anos. Mas como assegurar o pagamento de aposentadorias e pensões por mais tempo, para muito mais gente? Como preparar melhor as cidades para uma população mais idosa? Que requer maiores cuidados e atenção? Ah as cidades. Elas também estão crescendo e rápido.

Em 60 anos, a taxa de urbanização do planeta praticamente dobrou. Apenas no Brasil, 85% da população vivem em cidades. Para isso, é preciso produzir mais energia. E a energia mais barata e farta do planeta, é também a mais suja. 80% da matriz energética do mundo são petróleo, carvão e gás.E quem mais polui são os ricos.Aproximadamente 75% das emissões de gases estufa vem dos países desenvolvidos.De acordo com as Nações Unidas, as mudanças climáticas poderão determinar a remoção de 200 milhões de pessoas de seus atuais endereços nos próximos 40 anos. A maioria absoluta delas é pobre. Neste planeta ainda tão desigual, um bilhão e meio de pessoas sequer tem acesso a energia elétrica. Ao que parece, será preciso um choque de civilização para que tenhamos esperança num mundo melhor e mais justo, embora mais populoso.

Quer saber mais? Vale apena assistir o vídeo abaixo que mostra mais dados interessantes:


"Em geral nós pensamos que ocupamos muito espaço, entretanto as 7 bilhões de pessoas lado a lado caberiam dentro de Los Angeles.Não é de espaço que precisamos. Precisamos é de equilíbrio."

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Novo calendário acadêmico pós-greve

clique para ampliar

As demais datas refente aos dias letivos, término do semestre, período de VS e outras, serão informadas posteriormente.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental



A 4ª edição do CBJA – Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental acontecerá entre os dias 17,18 e 19 de novembro, na Pontifícia Universidade Católica, no Rio de Janeiro-RJ (PUC) , e terá ênfase na cobertura da conferência Rio + 20. Além desse tema, palestras de inspiração e painéis abordam outras questões em voga no jornalismo ambiental, como os impactos das mudanças climáticas, o uso de redes sociais no jornalismo, a espiritualidade e a Economia Verde. A intenção do CBJA é colaborar para a formação continuada dos profissionais de comunicação ambiental e fortalecer a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e suas parcerias. Para que essas ações sejam o mais democráticas possível, pela primeira vez o IV CBJA será gratuito, ou seja, qualquer interessado pode se inscrever pelo nosso site sem pagar nenhuma taxa.O CBJA também conta com uma mostra científica, que reune grandes nomes da pesquisa em Comunicação Ambiental do Brasil.

Inscrições AQUI
programação AQUI

Outras informações no site do evento 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Semana de Engenharia Civil e Ambiental




O tema escolhido para a primeira Semana de Engenharia Civil e Ambiental é “Grandes Obras, Grandes Impactos, Grandes Soluções”, por ser intimamente ligado às questões sobre a infra-estrutura do país, tanto para dar sustento ao desenvolvimento em todos os setores, quanto para sediar os grandes eventos esportivos nos próximos anos.

No segundo andar do Bloco A ocorrerá uma Feira de Estágio com estandes das empresas patrocinadoras do evento!

A Semana de Engenharia Civil e Ambiental está com sua data marcada!

Dias 24, 25, 26 e 27 de outubro.
24 e 25 no auditório do bloco A, 26 no Auditório da Escola de Química (bloco E) e 27 no Auditório André Rebouças (Bloco D).

Para mais informações: Entrem em contato pelo e-mail: civileambiental@poli.ufrj.br.

mais informações em AQUI

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Entrevista com Jan Gehl: especialista em criar cidades melhores

Jan Gehl
O arquiteto Jan Gehl, responsável por mudar a cara de Copenhague, nos anos 1960, mostra que as cidades têm solução e dá a receita: pensar, em primeiro lugar, nas pessoas.

O que significa criar uma cidade para as pessoas?
Você já notou que sabemos tudo sobre o habitat ideal dos gorilas, girafas, leões, mas nada sobre o Homo sapiens? Qual o lugar ideal para essa espécie viver? Infelizmente, sabemos muito pouco. Boa parte dos profissionais que definem o futuro de uma cidade, os arquitetos, urbanistas e políticos, estão preocupados em  melhorar o trânsito, criar monumentos, pontes, mas nenhum deles tem na agenda o item “criar uma cidade melhor para as pessoas viverem”.

E qual seria o lugar ideal para o homem viver?
(...) Uma das coisas que descobri em todos esses anos de trabalho é que precisamos respeitar a escala humana. Em meu livro Cities for People (“Cidades para pessoas”) eu falo, por exemplo, sobre a síndrome de Brasília, uma prática repetida em várias cidades do mundo. Brasília nasceu para ser uma cidade planejada, certo? Pois bem, quando a olhamos do céu, ela é incrível, mas quando a olhamos do chão, parece que estamos em uma maquete fora de escala. É tudo grande demais, as distâncias são impossíveis de serem percorridas pelo corpo humano e os monumentos são grandes demais para apreciarmos a partir de nossa altura.

A escala humana, então, é a chave para planejar cidades para pessoas?
(...) Antes de pensar em mais ruas, ciclovias, transporte público ou mesmo na escala humana, é preciso pensar: que cidade queremos? E aí, o que importa não são os elementos do planejamento urbano, mas as coisas que nos fazem viver melhor. Quando os planejadores quiserem chegar aí, estaremos em um caminho interessante para melhorar as cidades.

O senhor fala em trânsito, problema grave no Brasil. Quais as soluções para essa questão?
(...) A demanda correta não deve ser por mais transporte público ou ciclovias ou calçadas. Deve ser por mais opções, por mais liberdade de escolha de meios de se locomover do ponto A ao ponto B. Só ciclovias ou só transporte público não resolvem, mas uma combinação dos dois com boas calçadas e vias exclusivas de pedestres começam a deixar a cidade mais interessante e a dependência que se desenvolveu do carro começa a diminuir. (...)

Em Copenhague, um terço das pessoas usa a bicicleta como transporte todo dia. As bicicletas devem ser pensadas como solução em cidades grandes como São Paulo?
A chave para integrar a bicicleta à mobilidade urbana de uma cidade muito grande é não pressupor que as pessoas vão fazer todo o trajeto pedalando. (...) A bicicleta precisa estar integrada a outros meios de transporte. Mas é fundamental que haja infraestrutura para pedalar. Se as pessoas não se sentirem seguras, bicicleta continuará sendo um meio restrito para se transportar.

Como a população deve participar do processo da criação de cidades para pessoas?
É fundamental que haja informação sobre como uma cidade pode ser melhor para que a sociedade exija as coisas certas. Enquanto exigirem mais ruas para dirigirem seus carros, as cidades vão continuar crescendo do jeito errado. Quando passarem a exigir mais liberdade de locomoção, daí o governo terá que fazer algo a respeito (...).

O planejamento urbano pode fazer as pessoas mais felizes?
Planejamento urbano não garante a felicidade. Mas mau planejamento urbano definitivamente impede a felicidade.(...) Se a cidade conseguir diminuir o tempo que você fica parado no trânsito e lhe oferecer áreas de lazer para aproveitar com seus amigos e sua família, ela lhe dará mais condições de ter uma vida melhor. 

por Natália Garcia
Fonte: Mundo Sustentável
Mais informação: Cidades para pessoas