segunda-feira, 15 de abril de 2013

O espaço público: de todos ou de ninguém?


No próximo mês de Julho, quem abandonar seu lixo na rua, seja uma lata de cerveja ou um sofá velho, vai ser multado. A medida vai ajudar a reduzir os custos com a limpeza urbana.
O valor da multa varia conforme o tamanho do que é descartado.
Segundo o prefeito Eduardo Paes em entrevista ao jornal O Dia, ele espera que o Programa Lixo Zero seja “ uma revolução cultural” para o Rio de Janeiro”. Já em entrevista ao noticiário RJTV, afirmou que a medida começará pelos bairros do Centro, Zona Sul e parte do subúrbio.
A maioria das pessoas joga seu lixo no chão ou pela janela do carro⁄ônibus⁄trem sem maiores preocupações e sem esperar olhares de reprovação. A nova lei pode até inibir um pouco este desagradável ato. Entretanto, fazer “doer no bolso” não parece o modo adequado de se promover uma “revolução cultural”.
A falta de respeito pelos espaços coletivos e o entendimento dos diversos problemas que a disposição inadequada dos resíduos pode causar são questões que não podem ser resolvidas por simples coesão policial.
O espaço público não é visto, deveras, como aquele que pertence a todos, mas como aquele que não pertence a ninguém. O respeito e o zelo pelos espaços coletivos são fruto do sentimento de pertencimento das pessoas pelo meio ambiente em que estão inseridas. Isto, por sua vez, é conseguido através de sensibilização e educação (que neste caso, nem precisa do adjetivo ambiental). Seria possível multar alguém por não ser sensível às questões ambientais? Uma revolução cultural é realmente importante no momento. Mas ela leva tempo. E quem quer “mostrar serviço”, não pode esperar tanto. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O outro lado da moeda: "A grande farsa do Aquecimento Global"


Não podemos negar a completa influência que a discussão do tema relacionado ao Aquecimento Global e às Mudanças Climáticas traz em nosso cotidiano. Cada vez mais procuram-se tecnologias mais limpas, carros menos poluentes, melhoria de transporte público para combater o lançamento de gases na atmosfera e contribuir para o tão temido Aquecimento Global. A grande questão é: você sabia que existe um grupo de cientistas que não acredita nestes eventos? Estes são os chamados CÉTICOS.
Para os céticos, as emissões de CO2 geradas pelo ser humano, ou seja, de origem antropogênica, não controlam o clima do planeta. Para eles, a Terra sempre passou por ciclos alternados de aquecimento e resfriamento que nada tem a ver com gás carbônico ou com a ação humana.
Um estudo realizado pela NASA e publicado na revista científica Proceeding of National Academy of Sciences, revela que a temperatura da Terra está aumentando há pelo menos 30 anos. Um grande defensor da teoria cética, o climatologista e físico Richard Muller, concluiu em 2011 que a temperatura do planeta realmente está subindo. Segundo ele, existem fortes indícios de que os gases provenientes das atividades humanas estejam provocando este aumento. Ou seja, um defensor da teoria dos ceticistas do clima começa a concordar com a real existência dos fenômenos de aquecimento global.
Os céticos utilizam determinados argumentos que, segundo eles, provam que o Aquecimento Global não existe e é mais uma forma da mídia de causar um alarme mundial junto com ambientalistas. Este argumento e muitos outros podem ser vistos no filme “A grande farsa do aquecimento global”, em inglês The Global Warming Swindle. Um dos argumentos vem do economista africano James Shikwati, que afirma: “Uma coisa clara que emerge de todo o debate ambiental é o fato de que estão tentando matar o sonho africano. E o sonho africano é o de se desenvolver”.
Além disso, outros argumentos são apresentados no filme para derrubar a veracidade do alerta climático. Os apresento agora.
Há 7 mil e 3 mil anos atrás e entre os anos 800 e 1200 d.C., o clima teria estado até 10°C mais quente. No entanto, a concentração de CO2 era pelo menos 50 % menor que a atual. Os céticos alegam que se há mais gás carbônico na atmosfera hoje, é porque o seu volume reage com atraso em relação às variações de temperatura.

Fenômenos ocorrem em qualquer condição climática. Secas extremas, ondas de calor e furações extremos já foram registrados na Pequena Era Glacial. Por outro lado, afirmam os céticos, que o cenário de aquecimento global diminuiria a diferença de temperatura entre polos e o Equador. Desta forma, haveria menos tempestades e furacões violentos.


O derretimento de icebergs não eleva o nível do mar, pois o gelo ocupa o mesmo volume depois de derretido. Apesar dos dados comprovarem o aumento do nível do mar, os climatologistas céticos argumentam que oscilações muito maiores já ocorreram e que estas não tem relação com o aquecimento global, como por exemplo, influência da órbita da Lua nas marés e fenômenos como El Niño e La Niña.
Entre 1925 e 1946, quando o ser humano lançava menos de 10% do CO2 que o atual, houve um aquecimento no planeta. Por outro lado, na época de aceleração industrial por conta do pós II Guerra, houve um resfriamento global. Portanto, a variabilidade climática seria natural e não causada pelo homem.
 
O trabalho do cientista Jan Esper, publicado em um renomado jornal científico, traz indicativos de que as temperaturas do hemisfério Norte na Idade Média e no período Romano podem ter atingido picos maiores do que os previstos. Sendo assim, seria natural o aquecimento global contemporâneo não ser preocupante.

Seu estudo se baseou na medição dos anéis de crescimento de árvores para inferir indiretamente temperaturas em épocas anteriores à invenção do termômetro, ciência batizada de “dendroclimatologia”. É a mesma técnica usada pelo climatólogo americano Michael Mann para construir o famoso gráfico do “taco de hóquei”, que mostra como a média de temperatura começou a subir consistentemente após a revolução industrial, acompanhando a concentração de CO2.
Mann apontou dados antigos sobre o fenômeno e qualificou como “vagas” e “falsas” algumas afirmações de Esper. Esper, por sua vez, nada tinha de negacionista da mudança climática, e disse que seu estudo não torna o aquecimento global presente algo menos preocupante. Mostrou-se, afinal, cético em relação ao próprio trabalho.

Apesar de ser uma teoria que conquista cada vez mais pessoas, os ceticistas acabam tendo argumentos não muito confiáveis e sua maioria se contradiz. Tanto no documentário já citado e em textos de outros ceticistas, as informações se confundem e se mostram muito contraditórias. Mesmo assim, vale o conhecimento da teoria. 

E você? Acredita ou não na teoria de que o planeta está aquecendo? Compartilhe sua opinião conosco!
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