quarta-feira, 30 de março de 2011

Brasileiros estão mais preocupados com o Meio Ambiente

Em pesquisa realizada de 25 a 27 de setembro deste ano, ouvindo 2002 pessoas com mais de 16 anos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ibope procuraram traçar um retrato da sociedade brasileira com relação ao clima. Uma das conclusões é que os brasileiros estão mais preocupados com esse tema do que no ano passado. Cinquenta e um por cento das pessoas ouvidas aceitariam pagar mais por produtos ecologicamente corretos, mas apenas 11% fazem esta opção na hora da compra. É a ratificação de uma velha teoria: é grande a distância entre intenção e gesto.

É interessante notar que a pesquisa mostrou uma tendência maior de preocupação quanto mais elevado é o nível educacional da pessoa. A preocupação também é maior entre os mais jovens e entre aqueles que moram na Região Sudeste.

A maioria dos entrevistados (44%) se mostrou muito preocupado com o desmatamento, e no corte por estratos socioeconômicos as menções ao desmatamento foram feitas muito mais pelas pessoas de maior escolaridade e com renda mais elevada. Isso mostra um dos muitos paradoxos, já que são pessoas que têm maior poder de consumo e, por isso mesmo, também têm maior condições de alavancar mudanças de hábitos.

Lixo e esgoto foram apontados como os maiores vilões da poluição do meio ambiente. A pesquisa optou por distinguir entre fumaça saída dos canos dos automóveis e fumaça saída de chaminés da indústria: ambas são mais apontadas do que o desmatamento, como causadoras de poluição ambiental.

Trinta por cento dos entrevistados defendem que é preciso proteger o meio ambiente, mesmo que isso dificulte o crescimento econômico. Mas 47% acreditam que é possível conciliar as duas coisas. 71% evitam o desperdício de água e apontam esse como um cuidado básico para proteger o meio ambiente. E aqui aparece um percentual interessante: 6% dos entrevistados afirmaram que têm carro mas o deixam em casa para não ajudar a poluir ainda mais.

por:http://oglobo.globo.com/blogs/razaosocial/posts/2010/12/27/brasileiros-estao-mais-preocupados-com-aquecimento-global-352245.asp

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cidades do entorno da Baía de Guanabara terão plano de saneamento.

As cidades que ficam no entorno da Baía de Guanabara garantiram, na tarde desta terça-feira, financiamento de R$ 4,5 milhões para a criação de seus planos de saneamento. A decisão foi aprovada no Comitê da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara. Metade do dinheiro virá do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). O restante será do Fundo Estadual de Recursos Hídricos do estado do Rio (Fundrhi).

Os planos são fundamentais para a realização das obras de saneamento. Além disso, a meta da Secretaria estadual do Ambiente é aumentar o percentual de esgoto tratado de 30% para 60% nos próximos quatro anos. A licitação deve ser feita daqui a 20 dias. Minc espera, ainda que até julho todas as cidades do estado já tenham seus planos de saneamento em andamento.

- Não temos grana para atingir a meta do saneamento. Por isso o percentual do Fecam vai passar de 5% para 10%. Também é necessário correr atrás dos planos municipais de saneamento. Os municípios têm dificuldades. Então, organizamos recursos do Fecam e do Fundrhi. Além disso, na licitação, serão feitos três blocos. Ficaria mais caro fazer um a um - disse o Secretário de Ambiente, Carlos Minc.

O presidente do Comitê da Baía de Guanabara, vice-prefeito do Rio e Secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, explica que a capital já tem seu plano de saneamento.

- Niterói e Maricá têm os meios para fazer seus planos, decorrentes da compensação do Comperj. Sombram 12 cidades, que tiveram recursos aprovados nesta terça em plenária do Fundrhi. A função do plano é tratar das questões relativas ao saneamento, drenagem, lixo e uso do solo. É fundamental para os municípios, com seus planos diretores, disputarem recursos do PAC 2. Acho que conseguiremos executar 30% (de tratamento de esgoto em quatro anos) - disse Muniz.

A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, explica que o plano de saneamento é um instrumento definido pela Lei Nacional de Saneamento:

- Esse é um instrumento recente que exige dos municípios os seus planos de saneamento. O Inea faz parte da política de viabilizar recursos e apoio técnico para os planos municipais. Para os 52 municípios do Comitê do Paraíba do Sul, estamos com recursos assegurados, vamos direcionar da cobrança do uso da água.

Para dobrar o tratamento de esgoto no estado, o secretário disse ainda contar com R$ 800 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartida de R$ 330 milhões do estado. O BID analisa o pedido do empréstimo feito 15 anos depois do banco conceder pelo menos R$ 1,8 milhões para o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG).


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/02/15/cidades-do-entorno-da-baia-de-guanabara-terao-planos-de-saneamento-923812000.asp#ixzz1MqDSpJUY