sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ambientalista transforma cifra do carbono na atmosfera em campanha.

Adaptado da folha de São Paulo, 3 de maio de 2009.

"O número 350 é o mais importante do planeta", diz o escritor e ambientalista americano Bill McKibben, 48. Essa cifra, diz, significa "segurança climática". Neste caso, ele se refere ao limite de concentração de carbono na atmosfera que o mundo deve adotar para evitar uma catástrofe ambiental, medido em partes por milhão.

McKibben lidera um grupo que pretende disseminar o "350" pelo mundo como palavra de ordem. O nível atual de concentração já é maior do que isso: 381 ppm. No período pré-industrial era de 278 ppm.

No mês passado, militantes da campanha que adota o lema estiveram em Bonn (Alemanha) para protestar durante a reunião em que os países começaram a negociar suas metas de redução de gases-estufa. O acordo será fechado em dezembro, em Copenhague.

As informações que alavancaram essa campanha foram tiradas de estudos da Nasa. Quando o gelo do Ártico derreteu tão rápido no verão de 2007, cientistas constataram que qualquer quantidade de carbono na atmosfera que exceda 350 partes por milhão é demais. E isso é uma má notícia, porque agora já estamos em 387 partes por milhão e em crescimento constante. O mundo é como um paciente que vai ao médico e ouve: "Sua pressão está muito alta". Sem reduzi-la, pode ocorrer acidente vascular cerebral. E o planeta já começou a ter AVCs -é por isso que o Ártico está derretendo, que grandes secas já atingiram muitas partes do mundo, que os mosquitos da dengue têm se alastrado tão rápido.

A disseminação desta idéia é através do site (www.350.org) e no dia 24 de outubro, que é o Dia Internacional da Ação Climática, farão milhares de protestos criativos para comunicar esse número.

Por Bruna Almeida, MAM 231

Um comentário:

  1. Para mim, esses acordos ambientais ainda estão longe de serem devidamente sérios. Essa poluição parece uma droga que os países mais industrializados não conseguem largar...
    E tais reuniões parecem servir apenas como um desencargo de consciência.
    É preciso mais seriedade. E rápido.

    Gostei do texto. Achei só que a letra podia não ser preta.

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