"O número 350 é o mais importante do planeta", diz o escritor e ambientalista americano Bill McKibben, 48. Essa cifra, diz, significa "segurança climática". Neste caso, ele se refere ao limite de concentração de carbono na atmosfera que o mundo deve adotar para evitar uma catástrofe ambiental, medido em partes por milhão.
McKibben lidera um grupo que pretende disseminar o "350" pelo mundo como palavra de ordem. O nível atual de concentração já é maior do que isso: 381 ppm. No período pré-industrial era de 278 ppm.
No mês passado, militantes da campanha que adota o lema estiveram em Bonn (Alemanha) para protestar durante a reunião em que os países começaram a negociar suas metas de redução de gases-estufa. O acordo será fechado em dezembro, em Copenhague.
As informações que alavancaram essa campanha foram tiradas de estudos da Nasa. Quando o gelo do Ártico derreteu tão rápido no verão de 2007, cientistas constataram que qualquer quantidade de carbono na atmosfera que exceda 350 partes por milhão é demais. E isso é uma má notícia, porque agora já estamos em 387 partes por milhão e em crescimento constante. O mundo é como um paciente que vai ao médico e ouve: "Sua pressão está muito alta". Sem reduzi-la, pode ocorrer acidente vascular cerebral. E o planeta já começou a ter AVCs -é por isso que o Ártico está derretendo, que grandes secas já atingiram muitas partes do mundo, que os mosquitos da dengue têm se alastrado tão rápido.
A disseminação desta idéia é através do site (www.350.org) e no dia 24 de outubro, que é o Dia Internacional da Ação Climática, farão milhares de protestos criativos para comunicar esse número.
Por Bruna Almeida, MAM 231
Para mim, esses acordos ambientais ainda estão longe de serem devidamente sérios. Essa poluição parece uma droga que os países mais industrializados não conseguem largar...
ResponderExcluirE tais reuniões parecem servir apenas como um desencargo de consciência.
É preciso mais seriedade. E rápido.
Gostei do texto. Achei só que a letra podia não ser preta.