quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nas profundezas do mundo!

Walsh e Piccard
No dia 01 deste mês completou-se 3 anos da morte de Jacques Piccard. Ele foi um engenheiro oceânico suíço famoso por fazer o mergulho mais profundo da história, em 23 de janeiro de 1960, juntamente com o tenente Don Walsh. Os dois desceram 10.916 metros na fossa das Marianas no Oceano Pacífico (o Evereste, o ponto mais alto da superfície terrestre, não chega aos 9 mil).

Até hoje, 12 homens pisaram na Lua. Mas apenas dois 'tocaram' a fossa das Marianas.A aventura é historicamente reconhecida e documentada, mas, nem de longe, foi um evento midiático à altura da ida do homem à Lua, em 1969. Seja por motivos políticos ou de interesse econômico, apenas dois protótipos não tripulados chegaram tão fundo quanto a dupla.

O submarino usado tinha o formato de uma esfera, assim, era mais resistente á pressão da água. À esta estava fixado um contêiner de gasolina, que por ter uma densidade menor, é mais leve, conferia flutuação ao submarino.

Uma coisa é muito interessante no relato do explorador. Nenhum oceanógrafo naquela época sabia com precisão se formas de vida bem organizadas habitavam o fundo oceânico.Um oceanógrafo desafiou-o : ‘ Eu te proíbo de voltar á superfície sem ver pelo menos um peixe’. E eles o encontraram. Assim que chegaram ao fundo avistaram uma espécie de peixe à poucos metros da escotilha.Tal observação levou o explorador a pensar sobre certos fluxos de matéria e energia.

 Um peixe vivendo a esta profundidade, precisa, é claro, de oxigênio para respirar. Tal oxigênio só pode vir da atmosfera, que ao fundo oceânico por meio de correntes. Então, podemos imaginar esse movimento de vai e vem da água da superfície para o fundo, e vice-versa, pensou Piccard. 

Naquela época, muitas pessoas, cientistas, políticos, economistas, e outros, eram a favor disposição do lixo nuclear em fendas profundas como esta, e o pensamento, em geral, era que tal material permaneceria lá para sempre. Segundo Piccard, ao avistar a presença de seres vivos àquela profundidade, teve certeza que tal prática poderia prejudicar todo o oceano.

Mesmo 50 anos depois, o lixo radioativo continua sendo um problema e o oceano continua sendo um espaço pouco explorado.

Quer saber mais?
As informações foram retiradas do blog do repórter nova-iorquino Victor Ozolo e estão disponíveis aqui.
Outras fontes: Ciência Hoje

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