quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Você já ouviu falar no REDD+ ?

O governo deve concluir até o fim de 2013 a estratégia nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). O objetivo principal é incentivar projetos e ações de proteção da Floresta Amazônica como forma de conter a liberação de gases de efeito estufa. A expectativa é que a construção dos aspectos relacionados ao tema esteja definida a tempo da Conferência das Partes (COP) de Mudanças Climáticas, marcada para o fim de novembro, em Varsóvia, capital da Polônia.

Entre as principais iniciativas do MMA voltadas para o combate à devastação florestal, está o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Com a instituição do programa, o Brasil alcançou, no ano passado, taxa recorde de redução do desflorestamento do bioma. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, o país registrou queda de 27% da degradação da Amazônia.

As informações são do Ministério do Meio Ambiente, e apesar da redução da degradação ser uma boa notícia, o fato é que ainda continuamos com altos índices de desmatamento.
Ainda segundo o MMA, o caminho para conter a destruição da Amazônia e evitar as emissões de gases de efeito estufa é aliar o comando e o controle com o incentivo a ações sustentáveis, como os projetos de REDD+. 

Por outro lado, grandes críticas rondam este projeto, que é um programa da ONU. O Un-Redd (da sigla em inglês) pretende ajudar os países a implementar estratégias nacionais de Redd com o apoio e conhecimentos de outras instituições, como a Organização das Nações Unidas para Alimentos e Agricultura (FAO), o Programa de Desenvolvimento (UNDP) e o Programa Ambiental (Unep).



De maneira simplificada, a ideia é "pagar pela floresta em pé" ou também "pagar por um desmatamento evitado". Portanto, para que esta ideia cresça, é preciso vislumbrar e debater o desenvolvimento de um novo mercado, assim como aconteceu com o mercado de carbono, e isto já acontece e ganhou ainda mais destaque em 2010, quando 60 nações, representantes da ONU e do Banco Mundial reuniram-se na França para falar exclusivamente sobre Redd.
No Brasil e em outros países do mundo, proprietários rurais já recebem valores anuais por manter matas ciliares e florestas remanescentes em suas terras. Aqui, os valores recebidos não garantem o sustento total de famílias que recebem o recurso, mas tornam-se complemento relevante no orçamento anual. Estados, municípios e também o Governo Federal estão buscando desenvolver sistemas de Redd cada vez mais aprimorados, também chamados de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). 

O arquiteto e especialista em engenharia florestal Chris Lang vai fundo. Para ele, "as definições da ONU para florestas falham em não diferenciar florestas nativas e plantações, o que pode significar que companhias poderiam substituir florestas nativas por monoculturas de árvores e ainda assim qualificarem-se para receber recursos de Redd."

Nos resta aguardar.
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Para mais informações sobre o REDD+ (programa brasileiro) acesse sua página clicando aqui.
Para acessar a página da ONU sobre o programa internacional clique aqui.

Outra fonte aqui.

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