Fonte: Época
Naquele ano, a população global era de 5.4 bilhões de habitantes e o PIB mundial de 28 trilhões de dólares. 20 anos depois, com uma população global de 7 bilhões de habitantes e um PIB de 78 trilhões de dólares (US$ 50 tri a mais), a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, foi convocada para o Brasil em junho de 2012. Juntos, governos, corporações e sociedade civil farão o balanço do planeta, apurando lucros e prejuízos, debatendo o desenvolvimento global.
As 500 milhões de pessoas mais ricas do mundo (aproximadamente 7% da população mundial) são responsáveis por 50% das emissões globais de carbono, enquanto os 3 bilhões mais pobres são responsáveis por apenas 6%. Os 16% mais ricos do mundo são responsáveis por 78% do total do consumo mundial, ficando para os 84% restantes, apenas 22% do total global a ser consumido.
A China, que tem hoje 22% da população do planeta e apenas 7% das terras aráveis, já consome três vezes mais grãos e duas vezes mais carne que os EUA. Com o crescimento da economia chinesa, se cada chinês consumir, por exemplo, a mesma quantidade de papel que os americanos consomem atualmente, em 2030, os 1.46 bilhão de chineses, sozinhos, consumirão todo papel que o mundo produz hoje.
Onde vamos parar? Em 1804 a população humana atingiu o primeiro bilhão. 130 anos depois, em 1930, chegou a 2 bilhões. Com os avanços da ciência e tecnologia e a queda da mortalidade infantil, o ritmo acelerou. Como planejar para atender aos atuais 7 bilhões de habitantes – metade urbanos, amontoado em cidades – e mais os 75 milhões de novos habitantes/consumidores acrescidos anualmente à população humana?
Se tivessemos que eleger uma palavra para traduzir sustentabilidade talvez “equilíbrio” fosse a melhor candidata. Sustentabilidade é a busca do equilíbrio dinâmico entre os complexos contextos da realidade – seja em uma casa, uma empresa, uma cidade, um país ou no Planeta. A Rio+20 não é um evento do qual se possa esperar produto acabado, é um “momento intenso” de encontro e de avanços entre governos, corporações e pessoas conectadas, teando inteligência nova para enfrentar o desafio da construção de uma “economia equilibrada” .
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