No mês de Março ocorre a quarta edição brasileira da Hora do Planeta, um protesto promovido pela WWF junto à iniciativa privada, governos e sociedade civil. Em 2012 participam 37 cidades brasileiras, contribuindo através de “apagões” em monumentos: como O Cristo Redentor, Rio de Janeiro; Farol da Barra, Salvador.
Apesar de toda agitação em volta desse ato simbólico, a Hora do Planeta, se tornou um instrumento de propaganda sustentável para empresas e governos; vendendo sua “imagem verde”. A comoção durante a campanha não é refletida nos gestos do cotidiano do setor governamental e empresarial; o reflexo da consciência demonstrada perante nossas ações corriqueiras são irrelevantes. É como se crêssemos que o dinheiro dado ao pedinte na rua, resolvesse sua condição socioeconômica; ou que a doação de cestas básicas no fim do ano, erradicasse a fome das camadas mais carentes da população. Atitudes dessas somente “arrastam” os problemas, e não encontram soluções.
Caso, realmente, quiserem avançar com a discussão ambiental e busca de melhorias, o simbolismo será ineficiente. Necessitaríamos de políticas mais profundas na economia energética, que balanceie o consumo e disponibilidade de recursos naturais.
Texto por: William Cruz
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