quarta-feira, 20 de junho de 2012

Movimentos sociais em Altamira lutam por sua soberania

A Cidade do Rio de Janeiro está sendo palco do maior evento de discussão ambiental, a Rio +20. Enquanto os resultados dessa conferência ainda não estão delineados, os movimentos sociais bombardeiam a sociedade com denúncias sobre casos de violações dos direitos humanos e crimes ambientais os quais são vítimas. Em Altamira (PA), nos canteiros de obras da Hidrelétrica de Belo Monte, na última semana, as comunidades tradicionais, pequenos agricultores e ONGs ocuparam o local. Este ato é uma tentativa de interromper a construção de Belo Monte, que segundo os estudos feitos uma estimativa de 50 % do município será afetado direta ou indiretamente. 

 

Os movimentos sociais de Altamira promoveram o Xingu +23( para assistir o vídeo do Xingu Vivo, clique AQUI ), um encontro para debater os impactos sócios ambientais que a construção de Belo Monte está causando e, se ficar pronta, causará a região. Ainda lutam contra o bloqueio da grande mídia e a criminalização desse evento difundido pelas corporações de telecomunicação.

A Vale, que está envolvida com graves acusações de trabalho escravo em Moçambique e outros problemas socioambientais no Canadá, é a maior acionista privada da Norte Energia responsável pelo empreendimento de Belo Monte, que funcionará com uma capacidade de aproximadamente 39% (Dado do “Relatório de Insustentabilidade da Vale 2012”). Contudo, por baixo dos panos, outro empreendimento energético de grande impacto sai dos papéis, a Usina Hidrelétrica Tabajara. Tão perigosa quanto Belo Monte, a Hidrelétrica do Rio Machado possui calendário já decidido. E novamente as manifestações de repúdio, a comunidade científica e o próprio Ministério Público são ignorados. 

Por William Cruz

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