segunda-feira, 19 de março de 2012

A conspiração da lâmpada

Fonte: Educação Ambiental Crítica

O documentário The Light Bulb Conspiracy (A conspiração da lâmpada) de Cosima Dannoritzer 2011, com o título em português de Comprar, jogar fora, comprar: A história da obsolescência programada, evidencia a prática da obsolescência programada como o motor da sociedade de consumo, onde desde os anos de 1920 fabricantes começaram a diminuir a vida útil dos produtos para aumentar as vendas.

Logo nas primeiras cenas é contada a história de uma lâmpada incandescente que funciona ininterruptamente desde 1901 (111 anos). No entanto, o documentário revela que em 1924 formou-se o primeiro cartel do mundo, visando o controle na fabricação de lâmpadas, com o objetivo de que estas se tornassem menos duráveis, para que as pessoas não deixassem de consumir periodicamente.

O documentário dá alguns exemplos da obsolescência programada, utilizada, para diminuir a vida útil de impressoras da marca Epson, que, por exemplo, quando chega a uma determinada quantidade de páginas impressas, deixa de imprimir. Outro exemplo é a Dupont que descobriu o nylon, no entanto, teve que tornar o material menos resistente e duradouro, para que continuasse havendo consumo. Além do caso das primeiras linhas do iPod, cuja bateria tinha a programação para durar aproximadamente 18 meses, incentivando a compra de outro aparelho por um novo.

O filme ainda mostra que a obsolescência programada surge quase ao mesmo tempo em que a produção em massa e a sociedade de consumo. Esse padrão iniciou-se desde a revolução industrial onde saiam das maquinas produtos mais baratos, portanto mais acessíveis, no entanto pouco duráveis.

O documentário cita a preocupação de algumas empresas, que já se destacam por utilizarem uma nova proposta de engenharia, onde se questiona a obsolescência programada como obsoleta, se reapropriando das ideias de produzirem bens mais duráveis.

Provavelmente, a solução para a sociedade de consumo de crescimento está longe de apenas, pequenas adaptações ditas mais ecológicas e sustentáveis, como muitas empresas tem proposto, e sim numa mudança mais radical: ao invés de um crescimento um decrescimento, uma verdadeira mudança de lógica, reduzindo o consumo e a produção.


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