quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Gripe Suína, Gripe do Porco, H1N1, Influenza A... O que é isso?

A Gripe Suína é uma doença que é conseqüência da variação do vírus H1N1, inicialmente transmitida apenas pelo contato direto com o animal ou por objetos contaminados pelo mesmo. Entretanto, com o surgimento de uma nova variante, o vírus pode ser transmitido entre os humanos causando uma epidemia no México.

A contaminação desta gripe ocorre como a de qualquer outra: com o contato direto ou indireto com pessoas contaminadas.

O contato direto consiste em ficar próximo demais de pessoas contaminadas em lugares fechados e com pouca circulação de ar; por isso é necessário o uso de máscaras.

O indireto é mais abrangente e é a forma que mais contamina por falta de cuidado ou atenção do receptor do vírus. Pode-se citar como forma indireta usar talheres e copos de pessoas com a gripe, além de tocar em objetos contaminados; por isso deve-se sempre lavar bem as mãos sempre que possível, evitando colocá-las na boca, nariz e olhos.

A contaminação por carne de porco está desde o início descartada, tendo em vista que o vírus morre a temperatura de 71°C.


Esse vírus é mais letal que a gripe comum? Por quê?

Sim. Chamada popularmente de gripe suína, a influenza A trata-se de uma doença respiratória que surgiu entre os porcos, provocada por um vírus influenza do tipo A, que ataca aves, suínos e humanos. Esses vírus têm alto poder de mutação e contaminação. Por isso, é mais letal que o da gripe comum.



Quais são os sintomas?

Os sintomas da gripe suína são bem semelhantes aos de uma gripe “comum” como perda de apetite, vômitos e diarréias, entretanto possui fatores mais acentuados, como, por exemplo, febre acima de 38°.
Abaixo temos um quadro que mostra as principais diferenças entre a H1N1 e a gripe comum.

H1N1
Muita dor no corpo e nas articulações, principalmente nas pernas
Febre alta
Tosse seca
Calafrios constantes
Muita ardência nos olhos
Gripe comum
Dor no corpo e nas articulações no geral e moleza
Febre baixa
Tosse úmida com secreção
Calafrios esporádicos
Ardência nos olhos em alguns momentos do dia

Quando devo ir ao médico?

De acordo com o Ministério da Saúde antes de se levar para qualquer hospital, clínica ou UPA, deve-se ligar para o disque Gripe Suína (0800-28-10-100) para tirar qualquer tipo dúvida e se certificar de que de fato o contaminado está com influenza A. Caso não esteja, o risco do mesmo se contaminar no próprio hospital é alto, por haver pessoas contaminadas no local além de sua imunidade já estar baixa.


Qual a situação global dessa gripe?

A gripe, que se disseminou inicialmente no México, está agora infectando em escala global, tendo casos em quase todo o mundo, exceto em alguns países da África e da Ásia, havendo muitos casos de morte na América do Sul, Central e do Norte. A Europa, mesmo contaminada, não possui tantos casos de morte como nas Américas.

No dia 30/07 deste ano, a América Latina já era a região mais atingida pela Gripe Suína de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). A região tem o maior número de contaminações e mortes. Cerca de dois terços das 816 mortes (até o dia 30/07) em decorrência da nova gripe confirmadas no mundo aconteceram na América Latina.


Tem perigo de existir outra epidemia de Gripe Suína no mundo?

A segunda onda da gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), chegará ainda mais forte à América do Sul no próximo inverno, em 2010, alerta o especialista argentino Daniel Stamboulian. Ele prevê que, nos Estados Unidos e na Europa, a doença será mais forte ainda este ano, entre outubro e novembro.

"Em geral, a segunda onda da gripe será similar à epidemia mundial da gripe espanhola, em 1918 e 1919", explicou Stamboulian em entrevista ao jornal "El País".


Por que as grávidas são as mais afetadas?

Ainda não é 100% comprovado, entretanto o motivo que responde com mais clareza ao fato das grávidas serem as mais afetadas e possuírem grande índice de fatalidade está diretamente relacionado com a baixa de imunidade que a mulher possui nessa época.

Enquanto gestante, as mulheres ficam com a imunidade baixa para que não rejeitem o bebê como corpo estranho, estando com isso mais propícias a pegarem doenças.


Qual o medicamente utilizado? Como anda a escala de produção?

O medicamento utilizado é o mesmo que foi utilizado no surto de gripe aviária, o Tamiflu.

Inicialmente o medicamento era utilizado apenas em casos extremos, entretanto com o aumento da produção o medicamento poderá ser utilizado de acordo com a recomendação médica, sem prévia autorização do governo como antes.

Esse fato tem causado muita polemica por diversos motivos. Um deles é o desperdício de recursos, pois em alguns casos o tratamento não precisa do antiviral, e com isso o remédio pode ficar com o uso indiscriminado, desencadeando outro tema de maior polêmica ainda: a resistência do vírus.

Se o remédio for usado em casos desnecessário ou com doses erradas, o vírus pode sofrer mutação e se tornar resistente a este antiviral, o que implicará em um surto de gripe suína ainda pior.

“A justificativa sempre usada pelo ministério é a de que o uso indiscriminado do medicamento pode facilitar a resistência do vírus ao remédio. O gerente de Vigilância em Saúde, Prevenção e Controle de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que, no mundo, há condutas de vários tipos: alguns têm política semelhante à que o Brasil vinha adotando, restringindo o uso para casos graves e grupos de risco. Em outros locais, a oferta é feita para todos com sintomas de gripe. A decisão geralmente é tomada de acordo com a disponibilidade de acesso ao medicamento. "Não há como dizer se uma estratégia é mais acertada que outra", diz Barbosa.”

Fonte: Em 8 de ago de 2009.


É importante:
Não freqüentar lugares fechados nem abafados;
Lavar as mãos sempre que possível e não tocar na face sem antes lavar as mãos com sabão e se possível com álcool 70%;
Não ir diretamente para hospitais, clínicas ou UPAs caso possua algum sintoma da doença;
Não utilizar talheres, dividir copos ou garrafinhas com qualquer pessoa, afinal, não sabemos quem está ou não com a doença.
Se preocupar com a doença e fazer o possível para não se contaminar. Lembre-se que os dados emitidos pelo governo nunca são os verdadeiros e a situação quase sempre está muito pior do que é nos mostrado.

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