sexta-feira, 19 de junho de 2009

Aquecimento da polêmica Global.

O clima do nosso planeta pode ser tudo, menos simples. Todos os tipos de fatores influenciam, desde o Sol ao crescimento de criaturas microscópicas nos oceanos, isso sem contar os subprodutos das interações entre outros fatores.

Muitas discussões tem sido feitas em relação a atuação do homem na alteração do clima. Um dos que mais chama a atenção é o aquecimento global, que tem seus holofotes voltados para a emissão de CO2 na atmosfera.

Porém, a mídia pode ser uma faca de dois gumes para as questões ambientais, mascarando certas informações, muda-se totalmente o sentido de um projeto todo.

Uma questão muito debatida é o efeito estufa, que tem como agente os gases, como o CO2.Isso porque ele absorve e emite radiação infravermelha e sem esse fenômeno para prender a radiação, o planeta teria uma temperatura muito menor. O CO2 é só mais um de muitos gases que formam o efeito estufa, que é só mais um dos fatores climáticos. Não há razão para esperar uma correlação perfeita entre os níveis de dióxido de carbono e a temperatura no passado, pois seria incorreto desconsiderar os outros fatores que acompanham as mudanças.

Os dados existem para provar, como por exemplo, a emissão produzida pelo homem é muito pequena, se comparado a fontes da natureza. Porém, na própria natureza, há um equilíbrio, e o dióxido de carbono produzido, é absorvido, principalmente pela fauna marinha. Já a ação humana, causa um desequilíbrio, e mesmo sendo em quantidades infinitamente menores, o ambiente não é capaz de absorver todo o CO2 produzido e lentamente, sua concentração aumenta.

Agora o quadro está completo, temos a frase "a emissão de CO2 é pequena se comparado a fontes da natureza". Ai que entra a polêmica nos veículos de comunicação, divulgando ou não, o restante das informações.

Por isso, hoje em dia a arma mais poderosa para lutar a favor do meio ambiente, é a informação. E cabe a nós, os que têm tais informações, passar a diante.

Por Renan Oliveira Rodrigues, MAM 231

Ambientalista transforma cifra do carbono na atmosfera em campanha.

Adaptado da folha de São Paulo, 3 de maio de 2009.

"O número 350 é o mais importante do planeta", diz o escritor e ambientalista americano Bill McKibben, 48. Essa cifra, diz, significa "segurança climática". Neste caso, ele se refere ao limite de concentração de carbono na atmosfera que o mundo deve adotar para evitar uma catástrofe ambiental, medido em partes por milhão.

McKibben lidera um grupo que pretende disseminar o "350" pelo mundo como palavra de ordem. O nível atual de concentração já é maior do que isso: 381 ppm. No período pré-industrial era de 278 ppm.

No mês passado, militantes da campanha que adota o lema estiveram em Bonn (Alemanha) para protestar durante a reunião em que os países começaram a negociar suas metas de redução de gases-estufa. O acordo será fechado em dezembro, em Copenhague.

As informações que alavancaram essa campanha foram tiradas de estudos da Nasa. Quando o gelo do Ártico derreteu tão rápido no verão de 2007, cientistas constataram que qualquer quantidade de carbono na atmosfera que exceda 350 partes por milhão é demais. E isso é uma má notícia, porque agora já estamos em 387 partes por milhão e em crescimento constante. O mundo é como um paciente que vai ao médico e ouve: "Sua pressão está muito alta". Sem reduzi-la, pode ocorrer acidente vascular cerebral. E o planeta já começou a ter AVCs -é por isso que o Ártico está derretendo, que grandes secas já atingiram muitas partes do mundo, que os mosquitos da dengue têm se alastrado tão rápido.

A disseminação desta idéia é através do site (www.350.org) e no dia 24 de outubro, que é o Dia Internacional da Ação Climática, farão milhares de protestos criativos para comunicar esse número.

Por Bruna Almeida, MAM 231

Rapidinhas Gerais

Dia da Mata Atlântica marca desafio de proteger o que ainda resta: Maiores remanescentes contínuos do país, parques paulistas iniciam testes para criar sistema de monitoramento dos impactos da visitação.

Programa de compras responsáveis de madeira do Acre começa a sair do papel: Seminário em Rio Branco reuniu governo, empresários e ONGs de várias partes do Brasil para trocar experiências e definir primeiros passos de política pública para acabar com ilegalidade nas aquisições públicas de produtos madeireiros no estado acreano

Soja adota salvaguardas ambientais: Representantes dos setores de produção, industrialização e comercialização da soja deram, hoje, um passo importante para a adoção de boas práticas socioambientais de produção, buscando reverter um passado de desmatamento, concentração de terras, desalojamento de comunidades tradicionais e destruição de habitats naturais em todo o mundo

Bacias hidrográficas e as cartas na mesa: como contornar conflitos: WWF-Brasil promove curso de gestão de conflitos de olho na qualidade dos debates dentro dos organismos de bacias hidrográficas.

Senso Crítico

Acho engraçado quando pregam uma bandeira de bom samaritano em uma ONG, ou em alguma empresa, que nossa!, está economizando água para produzir determinado bem.

Acredito que a maioria das pessoas (digo isso porque eu mesma era assim) bate palma para empresas que fazem grandes propagandas sobre o meio ambiente, - “nossa, essa empresa é mesmo ótima! Ela reduziu o gasto de energia elétrica e de água! Tudo isso para o bem do meio ambiente”-. Será?

Já parou para pensar que reduzindo esses gastos, A EMPRESA paga menos conta de luz e água. E reutilizando ou reciclando o material descartado então? A empresa deixa de comprar mais material, barateia a produção e cobra mais caro pelo produto ser “ecologicamente correto”.

Sem falar nas ONG’s, que nossa, são vistas como salvadoras do mundo. Será mesmo que uma ONG que faz um cartaz enorme de plástico dizendo “Não utilizem plástico!”, “Salve a Amazônia” ou ainda “Salve a Mata Atlântica” pode ser levada a sério?

É importante, principalmente nós, como técnicos dessa área, sabermos o que realmente está acontecendo, buscar relatórios nas empresas e ONG’s que digam o que e como estão fazendo todo esse sistema ser “ecológico”, além de analisar com frieza as propagandas e ter sensibilidade para notar o que não passa de uma auto propaganda ou de algo realmente sério.

Por Ana Beatriz Machado, MAM 251