quarta-feira, 30 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Chevron culpa a geologia da região pelo vazamento

O presidente da Chevron para África e América do Sul, Ali Moshiri, classificou ontem a unidade brasileira da petroleira como uma das mais seguras do mundo. Ele culpou a configuração geológica da região do campo de Frade pelo vazamento de óleo que começou no dia 8.

"Lidamos com a mãe natureza, e a mãe natureza é complicada", disse Moshiri, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

A reportagem é de Sofia Fernandes e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 25-11-2011.

O executivo afirmou que o vazamento está controlado e que há menos de um décimo de barril de óleo depositado no mar. Ele afirmou que a operação de vedação do poço, na bacia de Campos (RJ), será concluída em meados de dezembro.

Questionado sobre as multas resultantes do vazamento, Moshiri se limitou a dizer que vai analisá-las. O Ibama multou a Chevron em R$ 50 milhões, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) autuou a petroleira, e o governo do Rio de Janeiro anunciou que pretende penalizar a empresa.

O executivo da Chevron usou um discurso pacificador e afirmou que já pretendia interromper todas as perfurações no Brasil, antes mesmo da determinação da ANP.

Moshiri disse que a empresa acata as determinações e leis em todos os países onde atua, 150 no total. "Sempre respeitamos as decisões de qualquer governo."

PRÉ-SAL

Sobre o risco de a empresa ser excluída do pré-sal -como parceira da Petrobras -, o empresário falou que será paciente e aguardará os desdobramentos do vazamento.

O ministro Edison Lobão disse que a comitiva da Chevron com a qual esteve reunida se preocupou em mostrar que é inocente e não pediu cancelamento de multas.

Lobão ressaltou que, pela resolução da ANP, a petroleira americana está proibida de perfurar novos poços, mas aqueles que ela já explora continuarão em atividade.

O ministro afirmou ainda que o Brasil tem "portas abertas" ao capital estrangeiro, mas com limites. "O Brasil tem regras, respeita contratos, mas exige respeito a suas regras internas."

Lobão disse que o governo tem promovido reuniões técnicas para revisar os estudos para o plano de contingência.

O plano, que pretende dar atribuições claras para dez ministérios em casos de acidentes como o vazamento de óleo no Rio, tramita pelo governo desde 2003.

Ele não deu datas para o lançamento do projeto.

Fonte: IHU Unisinos

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Seminário sobre Estratégias de Enfrentamento da Mudança do Clima

No dia 23 de novembro, o Sistema FIRJAN realiza o Seminário sobre Estratégias de Enfrentamento da Mudança do Clima no Estado do Rio.

Durante o encontro, serão apresentadas as ações das empresas em prol do combate à intensificação do efeito estufa. Além disso, será abordada a regulamentação da Política Estadual sobre Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável, publicada em setembro.

O seminário será realizado na Sede do Sistema FIRJAN e contará com a presença de representantes da Secretaria de Estado do Ambiente, das empresas Siemens e Petrobras Biocombustível e do Instituto Aço Brasil.

Como participar

Acesse o formulário de inscrição para garantir sua vaga. Mais informações pela Central de Atendimento 0800 0231 231.

Confira a programação:

Painel 1 – Regulamentação da Política Estadual de Mudança Global do Clima e Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades para a Indústria

14h – Regulamentação da Política Estadual sobre Mudança do Clima
Márcia Real – Coordenadora de Mudanças Climáticas da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)

14h45 – Pacto pelo Saneamento
Victor Zveibel – Superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)

15h30 – Debate

Painel 2 – Contribuição da Indústria para a mitigação da mudança do clima

16h – Petrobras Biocombustível
Fernando Toledo Pierre – Gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde

16h30 – Siemens | Chemtech
Paulo Costa – Gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios/Energias Renováveis

17h – Instituto Aço Brasil | ThyssenKrupp CSA
Luiz Claudio Castro - Diretor de Sustentabilidade

17h30 – Debate

Serviço:
Seminário sobre Estratégias de Enfrentamento da Mudança do Clima no Estado do Rio
Dia: 23 de novembro de 2011
Horário: 14h às 18h30
Local: Auditório da Sede do Sistema FIRJAN
Avenida Graça Aranha, 01 – 13º andar

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pedido de vista deixa para próxima semana votação do novo Código Florestal

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) pedirá vista ao parecer do relator Jorge Viana (PT-AC) do projeto de lei que altera o Código Florestal. Com isso, a matéria só deve ser votada na Comissão de Meio Ambiente na próxima semana para depois ser analisada em plenário.
Como os senadores alteraram vários pontos do texto aprovado pelos deputados, o projeto retornará para nova apreciação na Câmara.
O pedido de vista é uma prerrogativa parlamentar prevista no Regimento Interno do Senado, com prazo mínimo para análise de cinco dias. Mesmo com o adiamento da votação, o relatório de Jorge Viana será apresentado aos parlamentares ainda nesta quinta (17).

Fonte: Jusbrasil

Nota do Blog: Mais uma vez, esse "vai e não volta" da legislação brasileira que acaba por passar "de mão em mão" para ser revista, refeita, recolocada, reduzida, resumida (e até mesmo retardada; leia-se: retrógrada). Afinal, o que será do Novo Código Florestal Brasileiro e de sua Revisão?
Aguardem cenas dos próximos capítulos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Terra em Agonia

O Boletim Do Meio Ambiente falou com o autor do livro de sonetos " Terra em Agonia ", Manoel Virgilio Cortes, que também é ex-diretor da ETFQ (Escola Técnica Federal de Química), atual IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro). Virgílio também foi responsável pela criação do curso técnico em Saneamento, que se tornou mais tarde o curso técnico em Meio Ambiente nesta mesma Instituição.

BMA - Por que decidiu escrever um livro de sonetos com a temática ambiental? De onde veio essa idéia?

MV -  Eu escrevo sempre, e o soneto é minha forma de expressão, é uma distração pra mim. Eu reuni vários dos meus sonetos e fiz um capitulo do livro falando sobre a Terra, dando o nome do livro " Terra em Agonia". Mas, não falo só sobre meio ambiente nesse livro. São 8 capitulos sobre tudo que eu quero falar.

BMA - Quais as questões ambientais que o senhor aborda em seu livro?

MV -      De um modo geral, é o que eu digo no primeiro soneto. Falo principalmente sobre a aumento da população. E sobre nosso maior problema, a fome. Há muita produção mas ela é mal distribuída. Enquanto uns não comem nada, outros comem demais.


Você pode conhecer mais do trabalho de Manoel Virgilio você pode acessar o Blog Mvpcortes.

O livro "Terra em Agonia" estava disponível durante a Bienal do Livro.

Para saber mais sobre o trabalho do Manoel Virgílio como diretor na ETFQ acesse o blog do Movimento Correnteza




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nas profundezas do mundo!

Walsh e Piccard
No dia 01 deste mês completou-se 3 anos da morte de Jacques Piccard. Ele foi um engenheiro oceânico suíço famoso por fazer o mergulho mais profundo da história, em 23 de janeiro de 1960, juntamente com o tenente Don Walsh. Os dois desceram 10.916 metros na fossa das Marianas no Oceano Pacífico (o Evereste, o ponto mais alto da superfície terrestre, não chega aos 9 mil).

Até hoje, 12 homens pisaram na Lua. Mas apenas dois 'tocaram' a fossa das Marianas.A aventura é historicamente reconhecida e documentada, mas, nem de longe, foi um evento midiático à altura da ida do homem à Lua, em 1969. Seja por motivos políticos ou de interesse econômico, apenas dois protótipos não tripulados chegaram tão fundo quanto a dupla.

O submarino usado tinha o formato de uma esfera, assim, era mais resistente á pressão da água. À esta estava fixado um contêiner de gasolina, que por ter uma densidade menor, é mais leve, conferia flutuação ao submarino.

Uma coisa é muito interessante no relato do explorador. Nenhum oceanógrafo naquela época sabia com precisão se formas de vida bem organizadas habitavam o fundo oceânico.Um oceanógrafo desafiou-o : ‘ Eu te proíbo de voltar á superfície sem ver pelo menos um peixe’. E eles o encontraram. Assim que chegaram ao fundo avistaram uma espécie de peixe à poucos metros da escotilha.Tal observação levou o explorador a pensar sobre certos fluxos de matéria e energia.

 Um peixe vivendo a esta profundidade, precisa, é claro, de oxigênio para respirar. Tal oxigênio só pode vir da atmosfera, que ao fundo oceânico por meio de correntes. Então, podemos imaginar esse movimento de vai e vem da água da superfície para o fundo, e vice-versa, pensou Piccard. 

Naquela época, muitas pessoas, cientistas, políticos, economistas, e outros, eram a favor disposição do lixo nuclear em fendas profundas como esta, e o pensamento, em geral, era que tal material permaneceria lá para sempre. Segundo Piccard, ao avistar a presença de seres vivos àquela profundidade, teve certeza que tal prática poderia prejudicar todo o oceano.

Mesmo 50 anos depois, o lixo radioativo continua sendo um problema e o oceano continua sendo um espaço pouco explorado.

Quer saber mais?
As informações foram retiradas do blog do repórter nova-iorquino Victor Ozolo e estão disponíveis aqui.
Outras fontes: Ciência Hoje

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mesquita ganhará unidade do IFRJ

Como parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o REUNI, a cidade de Mesquita ganhará uma unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFRJ em 2012.

Será a primeira instituição pública de ensino superior na cidade Mesquita, que oferecerá cursos de extensão e pós-graduação nas áreas científica e tecnológica. Enquanto as obras não estão prontas, o IFRJ Mesquita existe como o Espaço Ciência InterAtiva, localizado no IFRJ Nilópolis.

O plano de expansão prevê ainda a construção de mais cinco campi no Estado do Rio de Janeiro, com unidades nos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti, Niterói e Rio de Janeiro, que ganhará duas unidades, uma no Complexo do Alemão e outra em Curicica, na região de Jacarepaguá.

A criação de novas unidades de ensino federal faz parte da 3ª etapa de expansão da educação superior.

O anúncio foi feito no último dia 16 de agosto pela presidenta Dilma Rousseff.

Além do Rio de Janeiro serão contemplados com unidades de ensino superior os estados do Pará, Ceará e Bahia.

Fonte: IFRJ

domingo, 6 de novembro de 2011

O mito do crescimento infinito

No texto abaixo, Tim Jackson, professor da Universidade de Surrey e autor do livro Prosperity without Growth --Economics for a Finite Planet (Prosperidade sem Crescimento: Economia para um Planeta Finito), defende o abandono do mito do crescimento infinito, em um mundo com recursos finitos:

Toda sociedade se aferra a um mito e vive por ele. O nosso mito é o do crescimento econômico.Nas últimas cinco décadas, a busca pelo crescimento tem sido o mais importante dos objetivos políticos no mundo.

A economia global tem hoje cinco vezes o tamanho de meio século atrás. Se continuar crescendo ao mesmo ritmo, terá 80 vezes esse tamanho no ano 2100.Esse extraordinário salto da atividade econômica global não tem precedentes na história. E é algo que não pode mais estar em desacordo com a base de recursos finitos e o frágil equilíbrio ecológico do qual dependemos para sua sobrevivência.

Na maior parte do tempo, evitamos a realidade absoluta desses números. O crescimento deve continuar, insistimos.As razões para essa cegueira coletiva são fáceis de encontrar.O capitalismo ocidental se baseia de forma estrutural no crescimento para sua estabilidade.

A espiral da recessão é uma ameaça. Questionar o crescimento é visto como um ato de lunáticos, idealistas e revolucionários.Ainda assim, precisamos questioná-lo. O mito do crescimento fracassou. Fracassou para as 2 bilhões de pessoas que vivem com menos de US$ 2 por dia.Fracassou para os frágeis sistemas ecológicos dos quais dependemos para nossa sobrevivência.Mas a crise econômica nos apresenta uma oportunidade única para investir em mudanças. Para varrer as crenças de curto prazo que atormentaram a sociedade por décadas.

Consertar a economia é apenas parte da batalha. Também precisamos enfrentar a intrincada lógica do consumismo.Os dias de gastar dinheiro que não temos em coisas das quais não precisamos para impressionar as pessoas com as quais não nos importamos chegaram ao fim.

Viver bem está ligado à nutrição, a moradias decentes, ao acesso a serviços de boa qualidade, a comunidades estáveis, a empregos satisfatórios.A prosperidade, em qualquer sentido da palavra, transcende as preocupações materiais.Ela reside em nosso amor por nossas famílias, ao apoio de nossos amigos e à força de nossas comunidades, à nossa capacidade de participar totalmente na vida da sociedade, em uma sensação de sentido e razão para nossas vidas.

publicado originalmente em:  Folha.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Era do lixo

O texto abaixo é de uma matéria publicada em um jornal da Unicamp, onde o geógrafo e sociólogo Maurício Waldman fala sobre seu livro 'Lixo: Cenários e Desafios', resultado de sua pesquisa de pós-doutorado.


"O lixo, conforme o pesquisador, tem sido um problema recorrente em todo o mundo, inclusive no Brasil. Não bastasse a humanidade estar crescendo e gerando cada vez mais resíduos, o quadro vem se agravando graças a inércia das autoridades públicas, que pouco têm feito para reciclar ou dar destinação adequada aos rejeitos. Ademais, a sociedade também não faz a sua parte ao aumentar exageradamente o consumo de bens e produtos e ao descartar sem cerimônia seus detritos em qualquer lugar.

De acordo com ele, o Brasil, um dos países que mais sofrem com a problemática, é um grande gerador de lixo. Embora sua população seja equivalente a 3,06% do total mundial e seu Produto Interno Bruto (PIB) corresponda a 3,5% da riqueza global, os brasileiros descartam 5,5% dos resíduos planetários.

Mas, se o problema do lixo é tão grave, por que as autoridades públicas não se preocupam em resolvê-lo? Na opinião de Waldman, o descompromisso ocorre porque, culturalmente, os resíduos sempre são considerados um problema do outro. “A única política adotada no país, se é que podemos classificá-la assim, é a da estética. Ou seja, o interesse primordial das autoridades é tirar os rejeitos da visão das pessoas e levá-los para um lixão ou, quando muito, para um aterro sanitário. A forma como esse lixo será tratado ou monitorado é outra questão. O importante, na concepção dessa corrente, é que a sujeira não fique à mostra”.

Por último, mas não menos importante, o pesquisador avalia que o Estado também tem que dar sua contribuição à causa do controle eficiente do lixo, formulando políticas públicas sérias e consequentes. Deixar de dar aos resíduos tratamento e destinação adequados, conforme Waldman, não representa apenas um desrespeito ao ambiente e à qualidade de vida das pessoas. Significa também desperdício de dinheiro e oportunidades."



Fonte : O Globo