sábado, 26 de maio de 2012

XXXII Semana da Química na RIO+20


Entre os dias 18 e 21 de junho de 2012 será realizada a Semana da Química na Rio +20. Esta será uma edição especial de nossa tradicional semana que ocorre há 32 anos e constará da programação oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável-Rio+20.

Nosso evento contará com conferencistas e palestrantes de renome nacional e internacional. A grande atração do evento é a apresentação dos Projetos Discentes. Neles, os alunos são os protagonistas: definindo seu objeto de estudo, seu orientador e desenvolvendo metodologias específicas para a investigação que pretendem realizar. O conhecimento gerado com os projetos é apresentado em salas ou laboratórios especialmente preparados para receber o público visitante.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sobre a cegueira, a surdez e qualquer outro problema ambiental

Texto escrito por Roberto Novaes, graduando em Ciências Biológicas pela UFRJ, e postado no blog " E Esse Tal de Meio Ambiente?"

" [...]Os piores problemas ambientais que existem não são a fragmentação ou destruição de hábitats, a poluição aquática excessiva ou as emissões cavalares de carbono na atmosfera. Os piores problemas ambientais são a cegueira, a surdez e a mudez. Porque não é possível que uma pessoa com mínimo senso crítico e que ande pelas ruas de qualquer grande centro urbano, como o Rio, não perceba que as coisas não estão indo bem.



Os surdos não escutam o barulho enlouquecedor gerado pelas buzinas dos carros em um trânsito lento. Eles não sentem falta de ouvir sons diferentes dos habituais motores e vozes humanas. Os surdos não sentem a falta de ouvir a voz de alguns de seus parentes, como as aves, os morcegos, os macacos. Eles não escutam, logo, não compreendem que aquilo não é normal e que estamos vivenciando alguma coisa diferente do que nossos genes dizem que devemos viver. Mas tudo bem, não é culpa deles serem surdos.

Os cegos não veem que o horizonte tem uma cor pálida, embaçada. Eles não veem que a maior parte dos morros e serras que o cercam ou tem uma série de casas humildes empilhadas ou tem uma coloração fosca e uniforme. Os cegos não percebem que esses morros estão estáticos e vazios, sem vida e futuro. Os cegos não veem a fumaça dos veículos e das indústrias. Mas ninguém quer ser cego, não é culpa deles.

Os mudos são os piores, tadinhos. Eles veem os problemas, enxergam a magnitude e alcance de seus atos e de seus irmãos. Os mudos escutam os barulhos paranóicos de uma cidade grande, entendem o caos de uma sociedade próxima ao colapso. Os mudos percebem tudo o que está acontecendo, muitos sabem até o que fazer pra resolver. Mas coitadinhos dos mudos. Eles não podem falar, não podem contar pras pessoas o que veem e escutam. Não podem transmitir seus conhecimentos pras novas gerações. Uma pena! [...]Políticos surdos, população cega e ecologistas mudos!"

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mapa Social apresenta "cartografia dos excluídos"

Por Maurício Hashizume
Fonte: Repórter Brasil

Ainda não foi desta vez que o 13 de maio, data que marca a Abolição da Escravatura, foi comemorado com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que prevê o confisco da propriedade de quem for flagrado explorando trabalho em condições análogas à escravidão.


Enquanto a chamada PEC do Trabalho Escravo não é aprovada, a agencia Repórter Brasil segue no esforço de trazer à tona questões e contextos sociais alarmantes em curso nas mais diferentes partes do país - em todos os seus mais variados aspectos, elaborados a partir de incursões in loco dos integrantes da organização e acompanhados de dados, estatísticas e análises elaboradas gentilmente com a colaboração de entidades parceiras.

O Mapa Social reúne conteúdos disponibilizados nos formatos de textos, fotos, vídeos e infográficos que tratam de cada uma das cinco regiões sob perspectivas singulares e, ao mesmo tempo, complementares.

As cinco grandes reportagens que compõem a base do especial tratam:

da persistência da pobreza por trás das libertações de trabalho escravo (Sul).

Como complemento, são apresentados cinco infográficos com visualizações a respeito :
das informações relativas à miséria no Brasil.

Para conferir o resultado do trabalho como um todo, basta acessar o site da iniciativa: www.reporterbrasil.org.br/mapasocial

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Agenda Ambiental

Já organizaram a agenda ambiental deste mês? Se não, ainda é tempo. Selecionamos abaixo algumas dicas de seminários, discussões, entre outros eventos:

Desigualdade Ambiental e Regulação Capitalista: Da acumulação por espoliação ao ambientalismo espetáculo.
Dia 31/05 a 01/06
Local: Auditório do IPPUR, Cidade Universitária, Ilha do Fundão
PROGRAMAÇÃO

DEBATE – Política Nuclear Global

O Centro de Relações Internacionais da FGV e o Carnegie Endownment for International Peace convidam para um debate sobre o futuro da política nuclear global.
 Dia 16 de maio, às 15h, na sala 1014 (Praia de Botafogo, 190, Rio de Janeiro).

Seminário Internacional - Modernidade Global e Contestações SociaisSeminário Internacional
de 24 a 26 de maio
Fundação Casa de Rui Barbosa - Rio de Janeiro

20 anos de Reciclagem no Brasil
14 de maio
Jardim Botânico Solar da Imperatiz Horto Florestal - Rio de Janeiro


Só para relembrar: O Boletim do Meio Ambiente está participando do Green Nation Fest, na categoria BLOG. Se você curte nosso trabalho vote na gente por este LINK!


terça-feira, 8 de maio de 2012

Não há sustentabilidade sem paz

Por André Trigueiro, Revista GQ, maio 2012

É impressionante o volume de recursos que a indústria armamentista movimenta no Brasil e no mundo. O que sobra para armas e munições, falta para o desenvolvimento sustentável.

A Universidade de Heildelberg – a mais antiga da Alemanha – revela a cada ano a quantidade de guerras em andamento no planeta. Em 2011 o número de conflitos internacionais triplicou e alcançou o nível mais alto desde 1945. De acordo com o levantamento, existiriam hoje no mundo 20 guerras e 166 conflitos armados. E a tendência em 2012, ano da Rio+20, seria esse número crescer ainda mais. Boa parte dos países que se reunirão no Brasil em junho para debater os rumos do desenvolvimento sustentável participam ativamente dos chamados “jogos de guerra” auferindo lucros fabulosos com a venda de armas, munições e toda sorte de artefatos bélicos para clientes nem sempre identificados com clareza pelos respectivos governos.

Na condição de anfitrião, o Brasil não faz feio no ranking dos países que mais exportam armas. Dados apurados pela Agência Pública de Reportagem e Jornalismo Investigativo junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, revelam que o valor das exportações de armas leves triplicou entre 2005 e 2010, chegando a US$ 321,6 milhões. Foram quase 4,5 milhões de armas exportadas no período. O Exército se nega a informar detalhes sobre os negócios, mas a informação sempre aparece, ainda que de forma acidental. Foi assim quando se descobriu que minas terrestres de fabricação brasileira foram usadas pelo governo da Líbia contra os que combateram as forças do regime do ditador Muamar Khadafi. No Bahrein, manifestantes fotografaram bombas de gás lacrimogêneo com a inscrição“made in Brazil”(e a bandeira nacional ao lado do prazo de validade do artefato) que seriam usadas na repressão aos que combatiam a monarquia em pleno embalo na Primavera Árabe.

Os Estados Unidos do democrata Barack Obama – que vem defendendo publicamente a redução do arsenal atômico em escala mundial – lideram com folga o mercado internacional de armas leves ou pesadas com 43% de tudo o que é comercializado. Segundo a agência de notícias russa RT, os 100 maiores fabricantes de armas do mundo faturaram 411,1 bilhões de dólares em plena crise econômica internacional. No top 10 do ranking das maiores empresas do setor, sete são americanas. Ainda segundo a agência, o mercado de armas cresce 22% ao ano no mundo e as perspectivas de negócio são animadoras especialmente nos países emergentes.

Não é possível ainda imaginar um mundo totalmente sem armas e a aquisição de armamentos contribui em certa medida para a manutenção da paz e da ordem entre os países. Mas a farra da indústria armamentista esvazia a perspectiva de construirmos um modelo efetivo de desenvolvimento sustentável. A economista e escritora Hazel Handerson fez a conta e chegou a um resultado interessante: com apenas 25% dos gastos militares anuais em todo o mundo seria possível oferecer em relativamente pouco tempo água limpa, saúde e habitação para todos os seres humanos, eliminar a fome e o analfabetismo, proporcionar energia limpa e renovável, além de outros importantes benefícios em escala global. Debater sustentabilidade sem questionar frontalmente os abusos da indústria armamentista, é seguir o rumo de uma bala perdida.