terça-feira, 17 de julho de 2012

EGO X ECO

Por Larissa Relva Endlich



Um dos grandes equívocos de parte da sociedade é se considerar “excluída”, “de fora” do que chamamos “meio ambiente”. Afinal, quando pensamos neste conceito, costumam vir à nossa mente imagens de árvores, rios, montanhas, pássaros, borboletas, baleias... Agora, irei perguntar: Onde estão os prédios? As estradas? Os carros? Os seres humanos?

O conceito de meio ambiente costuma ser confundido com o de natureza. E, além disso, o ser humano e suas obras não costumam ser incluídos na definição de natureza do senso comum - pensamos que natureza limita-se à Floresta Amazônica ou aos recifes de corais de Fernando de Noronha e acabamos esquecendo que também somos parte da mesma. Afinal, Por que um ninho de joão-de-barro seria mais natural do que um apartamento? Ambos foram construídos por animais a partir de elementos da natureza.

Esse distanciamento pode nos fazer pensar que a causa ambiental está fora de nosso alcance, que as discussões realizadas na Rio+20 não passaram de questionamentos deslocados de nosso dia-a-dia. Mas a realidade não é essa...

Segundo a resolução CONAMA N° 306/2002, meio ambiente “é o conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

Ou seja, as discussões ambientais não englobam apenas a preservação de bens naturais, a poluição ou a extinção de espécies (assuntos muito importantes, por sinal), mas também aspectos como a qualidade de vida nos centros urbanos e o respeito aos Direitos Humanos.

Durante a Rio+20, foram abordados temas como energia, turismo, transporte, saúde, cidades e assentamentos humanos, empregos e proteção social, além da garantia do direito a água, comida e saneamento básico a todos os seres humanos.

Portanto, a questão ambiental diz respeito a cada um de nós! E me parece importante que cada um de nós perceba isso para que fique motivado a participar dos debates acerca da construção de um mundo realmente mais justo (para a onça-pintada do pantanal, para o urso-polar do Ártico, para os esquimós do norte do Canadá, para mim, para você...), e, assim, para que possamos agir conjuntamente visando alcançá-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário