terça-feira, 22 de janeiro de 2013

IFRJ sela parceria com Aldeia Maracanã


No último dia 22 (Quarta-Feira), pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Campus Rio de Janeiro (IFRJ Campus Rio de Janeiro) selaram parceria com o Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas Aldeia Maracanã (Aldeia Maracanã) com o intuito do câmbio de saberes entre a academia e a comunidade tradicional.

Com a presença do líder indígena Dauá Puri, foi autorizado pelo Diretor Geral, Jefferson Amorim, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, extensão e ensino nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências da Terra, Ciências Exatas e Ensino projeto intitulado “Maracanã: Aldeia Indígena e IFRJ - interfaces com o conhecimento científico"

Segundo a ordem de despejo emitida pela prefeitura os índios que ocupam o espaço do antigo Museu do Índio teriam o prazo de dez dias que vence nesta Sexta-Feira (25/02/2013). Nesse dia ocorrerá uma articulação entre vários apoiadores para a ocupação maciça acompanhada de atividades de cunho cultural ao longo do dia.

A Aldeia Maracanã é vítima da ganância do Capital que está redesenhando, a base de unilateralismo e autoritarismo por parte da conivência do poder público Estadual, todo entorno do Complexo do Maracanã, afetando os indígenas que resistem a essas investidas desde 2006, além do Centro de Pesquisa do Ministério da Agricultura, a Pista de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Julio Delamare. O Centro de Pesquisa do Ministério da Agricultura, por exemplo, segundo relatos de funcionários está tendo todos os equipamentos danificados com o descuidado com que estão tratando a desocupação. Muitas pesquisas estão tendo como fins os lixos.


O IFRJ Campus Rio de Janeiro proclama a sua função social, ou ainda, seu comprometimento com a sociedade civil quando reitera, por meio dessa parceria, a importância a nível regional e nacional da preservação desse patrimônio material e imaterial, a Aldeia Maracanã.  

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Por que não queremos a demolição da Aldeia Maracanã?


Em poucos meses ficou quase impossível não escutar o nome “Aldeia Maracanã”. Através dos grandes meios de comunicação, mídias alternativas e redes sociais, muitas foram as informações divulgadas sobre esse espaço.

O Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas Aldeia Maracanã, antigo Museu do Índio, que hoje se encontra em Botafogo coordenado por não-índios e criticado por manter uma estrutura verticalizada e burocrática, é um patrimônio de valor material e imaterial localizado no bairro do Maracanã, anexado ao Complexo do Maracanã, no meio do centro urbano. Lugar de difusão da cultura indígena a Aldeia Maracanã promove atividades culturais - entre elas: dança, coral, pintura corporal e ensino de línguas indígenas – abertas a população, oportunidade única de estar em contato com os saberes desses povos tradicionais.

Atualmente, a Aldeia abriga, aproximadamente, 12 etnias (Guajajara, Kalapalu, Tupinambá, Assurini, Pataxo, Krikati, Achaninca, Potiguara, Tukano, Fulnio, Apurinã e Puri), é mantida pela ajuda de sindicatos por meio de doações e contas arcadas pela União. O conflito gerado pelos interesses  do Governador Sérgio Cabral, junto aos meios corporativos de comunicação de massa que apoiam o político peemedebista, colocam como inexorável a demolição do prédio e a remoção dos índios daquele espaço. Há indícios de irregularidade desde a compra do terreno por 60 milhões pelo governo estadual, vendido pelo Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A aquisição foi feita sem consultar os Índios, a Funai e o próprio Ministério da Agricultura, que até então era proprietário. Antes da década de 70 a questão indígena era tratada pelo Ministério da Agricultura, pois a concepção da época era que o índio iria ser tornar camponês. Com as mudanças da visão do homem branco sobre os índios, mais tarde, quem ficou encarregado foi o Ministério da Justiça.

Dentre esses e outros motivos, a Aldeia Maracanã não pode ser destruída, pois, com ela iria uma parte de nossa história. Além, de apagar uma herança simbólica das lutas travadas por Darcy Ribeiro e Villas-Bôas.


Muitos órgãos, instituições e entidades já se posicionaram contra a intenção do Governador Sérgio Cabral, “choveram” pareceres técnicos, de tombamento e notas da Fifa e a Unesco desfavoráveis a demolição do prédio foram publicadas. Espaço que poderia ser mais bem aproveitado pelo município explorando a área de turismo e educação, e ali ser instalada uma universidade indígena para potencializar o papel difusor cultural que a Aldeia Maracanã possui. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Artigo de Opinião

Geralmente a primeira impressão é a que fica. No caso da Petrobras é uma imagem de responsabilidade social e ambiental, como pode ser vista exaltada em seus relatórios: uma empresa em harmonia com o Meio Ambiente e comprometida com o desenvolvimento sustentável. Mas, infelizmente, a realidade dos empreendimentos dessa empresa é outra. São constantes as denúncias de militantes, pesquisadores, ONG’s e Ministério Público dos crimes socioambientais cometidos pela estatal.

A mesma empresa que investe em pesquisa nos institutos e universidades incentivando novos trabalhos acadêmicos na área de petróleo, gás e bicombustíveis, além de formar mão de obra técnica para utilização nas refinarias, plataformas e laboratórios, é a mesma que investe em empreendimentos que cometem crimes contra a vida, que mantém relações suspeitas e espúrias com grupos paramilitares (milícias) e destroem o meio de subsistência de homens e mulheres que sobrevivem do mar, como é o exemplo do conflito entre as terceirizadas contratadas pela Petrobras e a AHOMAR (Associação de Homens e Mulheres do Mar).

O marketing da Petrobras esconde um verdadeiro poço de sangue, custo da extração, refino e venda de seus produtos, danos distribuídos para os setores mais vulneráveis e externalidades socializadas com toda a sociedade. A Baía de Guanabara, patrimônio fluminense, atualmente virou cenário de luta contra empreendimentos predadores e insustentáveis. Em desdobramento da instalação do Comperj, uma grande área de exclusão de pesca na Baía de Guanabara foi criada, e devido a constantes mobilizações dos pescadores artesanais, quatro pescadores foram assassinados e dois estão desaparecidos; a licitação fragmentada ainda alcançou a APA Guapimirim, de interesse para a construção de uma hidrovia, provocando a exoneração do seu chefe, Bruno Herrera, que se posicionou contra.

Agora, diante desse quadro, questiono se é ético aceitar investimentos para pesquisas oriundas de uma empresa com “mão cheia de sangue”, tanto humano quanto de todos os outros seres vivos impactados, diretamente ou indiretamente, com o Comperj e a Reduc. Dinheiro de compensações ambientais que a empresa estatal é obrigada investir em programas por destruir ecossistemas, vida. Isso reflete os valores e princípios que imperam em nossa sociedade. Se instituições de ensino e pesquisa se deixam corromper por dinheiro sujo de sangue, ainda se isentando da crítica e da cobrança por ações de justiça socioambiental e descaracterizando a função social e o comprometimento com o dinheiro público e, assim, com toda sociedade, lamentavelmente, vemos faltar sentindo em pesquisar já que o propósito não é trazer melhores condições de vida para a população.

William Cruz

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

SOS Caxias

Pessoal,

Como tem sido noticiado, as chuvas do início do ano deixou milhares de desabrigados em Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, o IFRJ recolherá itens de última necessidade para ajudar os desabrigados.
As informações de coleta e dos itens necessários encontram-se na imagem abaixo ou aqui

É muito importante a colaboração de todos!


Equipe Boletim do Meio Ambiente.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Emissão de gás carbônico por desmatamento cai na Amazônia


Segundo o jornal Folha de São Paulo, a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera como consequência do desmatamento amazônico alcançou os 352 milhões de toneladas no ano de 2012, o que representa uma queda de 16% com relação a 2011 (Inpe). Os dados sobre emissões foram calculados a partir da análise do Projeto de Vigilância do Desmatamento da Amazônia Legal (Prodes), que situou em 4.665 km² a superfície desmatada entre agosto de 2011 e julho de 2012.  

Taxa de Desmatamento Anual na Amazônia Legal (Inpe)

Os valores de emissões atuais revelam, além disso, uma redução de 64% em relação aos divulgados em 2004, quando foram desmatados quase 28 mil quilômetros quadrados da Amazônia.
Segundo o Inpe, a metade da massa florestal é composta de carbono que é emitido para a atmosfera em forma de CO2 quando se queima madeira, pelo corte de árvores e outras alterações da natureza.
A velocidade da transferência de CO2 à atmosfera está relacionada à exploração madeireira e à agricultura abusiva, entre outros fatores.