quarta-feira, 26 de outubro de 2011

7 bilhões. O que fazer agora?

texto original: André Trigueiro

Em pouco mais de 200 anos, a população do planeta foi multiplicada por 7. No início do século XIX, éramos um bilhão. Levamos 123 anos para dobrar esse número. Daí pra frente, especialmente depois da segunda guerra mundial, o ritmo do crescimento acelerou. Em outubro de 2011 chegamos a sete bilhões.Até o final do século, segundo a ONU, a tendência é que a população mundial se estabilize na faixa dos 10 bilhões de pessoas. Mas como alimentar tanta gente, se os estoques de água doce e limpa e de solo fértil, estão diminuindo? Dá para apostar numa nova revolução verde?

Não somos apenas mais numerosos. Também estamos vivendo mais.Na média, quase 70 anos. Mas como assegurar o pagamento de aposentadorias e pensões por mais tempo, para muito mais gente? Como preparar melhor as cidades para uma população mais idosa? Que requer maiores cuidados e atenção? Ah as cidades. Elas também estão crescendo e rápido.

Em 60 anos, a taxa de urbanização do planeta praticamente dobrou. Apenas no Brasil, 85% da população vivem em cidades. Para isso, é preciso produzir mais energia. E a energia mais barata e farta do planeta, é também a mais suja. 80% da matriz energética do mundo são petróleo, carvão e gás.E quem mais polui são os ricos.Aproximadamente 75% das emissões de gases estufa vem dos países desenvolvidos.De acordo com as Nações Unidas, as mudanças climáticas poderão determinar a remoção de 200 milhões de pessoas de seus atuais endereços nos próximos 40 anos. A maioria absoluta delas é pobre. Neste planeta ainda tão desigual, um bilhão e meio de pessoas sequer tem acesso a energia elétrica. Ao que parece, será preciso um choque de civilização para que tenhamos esperança num mundo melhor e mais justo, embora mais populoso.

Quer saber mais? Vale apena assistir o vídeo abaixo que mostra mais dados interessantes:


"Em geral nós pensamos que ocupamos muito espaço, entretanto as 7 bilhões de pessoas lado a lado caberiam dentro de Los Angeles.Não é de espaço que precisamos. Precisamos é de equilíbrio."

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