sábado, 28 de fevereiro de 2009

A menor toalha do mundo

Mais fina que um fio de cabelo, a nanotoalha é nova arma contra a poluição
A nanotecnologia é a chamada porta para o futuro. Com ela, os cientistas podem, em laboratório, "desmontar" o quebra-cabeça molecular de estruturas e "construir" átomo por átomo (os nossos maravilhosos tijolos da vida) novas formas tecnológicas. Surgem assim, a cada dia, soluções que eram até então inimagináveis. Servem de exemplo os tecidos resistentes a manchas e que não amassam, a nano-cola capaz de unir qualquer material a outro, o tratamento tópico de herpes e as raquetes superleves para tenistas. Nessa leva de invenções, nenhuma outra, no entanto, foi tão aguardada como a nanotoalha de papel capaz de auxiliar na solução das conseqüências daquele que é um dos mais graves problemas de poluição dos mares: o vazamento de petróleo.
100 milionésimos de milímetro é o diâmetro de cada fio que compõe a nanotoalha. A nanotoalha se compõe de membranas extremamentes finas, com base em nanofios, e tem a capacidade de absorver petróleo, em caso de poluição acidental de determinados ambientes.
Ela foi criada em um dos mais avançados centros de pesquisa do mundo, o Massachusetts Institute of Technology-MIT, nos EUA, e a sua camada é capaz de absorver petróleo até 20 vezes o seu peso - com a vantagem de que pode ser reutilizada. Esse novo material é formado por fios de 20 nanômetros, que são estruturas tubulares com diâmetro milhares de vezes menor que a cabeça de um alfinete e mais finas que um fio de cabelo, com poros que permitem a absorção do petróleo. Ele é também recoberto por uma película que impede a entrada de água. "É incrível descobrir um tipo de tecido que, inteligentemente, selecione os líquidos que irá absorver. Essa é a característica dos nanotubos", disse o responsável pelo estudo, Francesco Stellacci, professor de ciência dos materiais no MIT. A descoberta permitirá que acidentes como o naufrágio do Exxon Valdez, que carregava 35 mil toneladas pelo Alasca em 1989 (um dos piores desastres ambientais), sejam solucionados. Naquela época, o vazamento atingiu dois mil quilômetros de praia, matando 250 mil aves marinhas, lontras e salmões. Foram gastos US$ 6 bilhões para limpar a região.
Fonte - Revista ISTO É.

Larissa Melo – MAM 231

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